ORAÇÃO DE CONFIANÇA


Confio em teu poder e em tua bondade, em ti confio com filialidade, confio cegamente e em toda situação, Mãe, no teu Filho e na tua proteção. Amém.


Faça um planejamento espiritual

Saiba como organizar seu crescimento pessoal.
Começo de ano é tempo de planejamento, de traçar metas para os próximos 365 dias. Muitos planejam comprar um carro ou uma casa, viajar, perder uns quilos, enfim, uma porção de propósitos. Mas… e um planejamento espiritual? É possível se organizar para ser uma pessoa melhor com Deus e com os homens? Pe. José Kentenich mostra que sim.
A Pedagogia de Schoenstatt oferece algumas ferramentas que tornam a santidade na vida diária prática, por meio da autoeducação. O objetivo da Obra, desde a fundação, é formar santos pelas mãos de Maria. Ela, a grande Educadora, “molda santos para os nossos altares”, dizia o Fundador.
Horário Espiritual: a santidade em suas mãos
Uma das ferramentas criadas pelo Pe. Kentenich para o desenvolvimento pessoal é o Horário Espiritual. Trata-se de uma planilha mensal, um programa diário de vida, onde em cada dia do mês as pessoas marcam a aspiração à qual se propõem (por exemplo: rezar três Ave-Marias ao acordar). “O Horário Espiritual é básico para a vida dos schoenstattianos; creio que é uma das coisas mais intuitivas e criativas que o Pe. Kentenich criou”, diz Pe. Ottomar Schneider.
O Horário Espiritual mostra que é possível ser santo no dia-a-dia, sem precisar fazer coisas extraordinárias. “Ele quer ser um ritmo na nossa vida do dia-a-dia. Se não centralizamos a nossa vida interior em pontos chave ao longo do dia, esse dia se vai com as preocupações externas, e quando chega a noite estamos vazios”, comenta Pe. Ottomar.
O sacerdote explica que essa ferramenta não busca apenas a vinculação com Deus – apesar de esse ser o seu objetivo principal – mas que trabalha também a relação de cada um consigo mesmo, com o próximo, com o trabalho, etc.
Pelas mãos de Maria
O Horário Espiritual pede prática, pede um propósito particular: “Propósitos particulares são pontos que eu normalmente trabalho. Por exemplo, se sou muito agitado, vou parar por um momento ao longo do dia e me acalmar. Se cumpro esse ponto que propus realizar, pego meu Horário Espiritual e marco que fiz isso”, diz Pe. Ottomar Schneider.
Manter a atitude de sempre marcar na planilha, se fez ou deixou fazer o propósito, ajuda a observar de perto o crescimento interior: “Se crio esses hábitos, meu interior chama por eles, então eu sinto necessidade de cumpri-los”, afirma o Padre de Schoenstatt.
No Movimento, o trabalho de desenvolvimento pessoal tem um objetivo maior: tudo é oferecido à Mãe de Deus como contribuição ao Capital de Graças. Os sacrifícios de santificação na vida diária são a base da espiritualidade, foi baseado nisso que a Aliança de Amor se concretizou e é onde está a dimensão apostólica da Obra.

O Horário Espiritual funciona a partir do Propósito Particular – você observa as debilidades pessoais e aplica pontos corretivos a elas ou busca intensificar as virtudes. Esses propósitos corretivos têm como função vincular a pessoa a Deus, ao próximo, ao trabalho, consigo mesma. Acompanhe alguns exemplos práticos:
Vinculação a Deus
Meu propósito: ter mais tempo para Deus
Ação concreta que vou realizar: Dedicar 10 minutos durante o dia para falar com Deus.
Vinculação ao trabalho
Meu propósito: ser mais organizado
Ação concreta que vou realizar: Manter a mesa de trabalho sempre em ordem ao final do dia.
Vinculação comigo mesmo
Meu propósito: Fico parado boa parte do tempo, então preciso me movimentar
Ação concreta que vou realizar: Fazer 30 minutos de caminhada todos os dias
Vinculação com o próximo
Meu propósito: Sou impaciente, agitado, não escuto as pessoas
Ação concreta que vou realizar: ouvir tudo que a pessoa tem a dizer até o final, somente depois comentar.
Tendo definido em quais aspectos melhorar, é só jogar isso na planilha do Horário Espiritual. Veja o exemplo (clique para ampliar):
horario espiritual exemplo OBS: Neste exemplo, a planilha é preenchida apenas até o 3º dia, e está marcada com números (0= não fiz / 1= fiz pela metade / 2= fiz corretamente), mas a marcação é livre, cada um marca da forma que achar melhor, com sinais, desenhos, etc., de acordo com a avaliação que fez de seu desempenho no decorrer do dia.
Algumas dicas para o Horário Espiritual
Pe. Ottomar Schneider dá algumas dicas para um bom aproveitamento do Horário Espiritual:
– Ir pouco a pouco: É preciso começar devagar, escolher poucos pontos, somente assim é possível ir fixando hábitos.
– Se observar: o autoconhecimento é muito importante para reconhecer as debilidades que precisam ser mudadas, mas também enxergar as virtudes de cada um, que podem ser aprimoradas. Por exemplo: se sou preguiçoso, vou planejar ações que me corrijam neste sentido; por outro lado, se sou uma pessoa amigável, vou aplicar propósitos que intensifiquem essa virtude.
– Ser objetivo: escolher propósitos possíveis de serem realizados e que realmente me ajudem a crescer física, espiritual, intelectual e interiormente.
– Perseverança: Não é incomum as pessoas desistirem. A única maneira é sempre voltar de novo, até que consigam criar um ritmo. Por isso começar com pouco, mas começar com pontos chave que precisam ser mudados.
 – Tornar o propósito positivo: em vez de formular um propósito negativamente (por exemplo: não vou comer muito no jantar), eu torno essa frase positiva (comerei pouco no jantar). Sempre para o lado positivo, enobrecendo sua atitude e tornando-a mais motivadora.
– Orientação espiritual: se possível, é importante ter uma orientação espiritual com um padre, consagrado(a) ou religioso(a). Se você mexe com contabilidade, no final do mês é preciso prestar contas, fazer o balanço. João Pozzobon, que tinha um Horário Espiritual incrível, era comerciante e dizia assim: “Se no fim do dia eu não fizer a minha contabilidade, o meu negócio vai à falência. Na vida espiritual é a mesma coisa, eu preciso fazer o controle do que fiz e do que não fiz”.

Relação minha (FEITOSA) com o Pai fundador, Padre José Kentenich



Meu nome é José Feitosa de Carvalho e faço parte da Liga Apostólica dos Homens de Schoenstatt em Brasília/DF, junto ao Santuário Tabor da Esperança. Em 18 de maio de 2015, no Monte Schoenstatt, surgiu o diálogo entre o Pai (Pe. José Kentenich) e eu. Perguntei a ele o que queria de mim e veio a resposta: viver a Aliança de Amor filialmente. Neste ano do seu aniversário de morte (50 anos) quero continuar a viver a Aliança de Amor num espírito de filialidade ainda maior, pois assim tenho a certeza de contribuir no seu processo de canonização e elevar o Pai e Fundador aos altares, na consciência da própria pequenez, fraqueza e humildade pessoal.

Essa relação mais próxima com o Pai e Fundador se conquista dia a dia e desejo chegar a uma vivência de graças, descobrindo o sentido mais profundo de sua vida, me identificando mais com ele e com a Obra que nos deixou, seus princípios e a sua missão, aceitando-o como pai e sentindo-me filho. Descobrir, viver sua história me leva a experimentar pessoalmente o seu carinho, a criar raízes. E, para isso, preciso conhecê-lo, segui-lo e vincular-me a ele.

Em minha relação pessoal com o Pai e Fundador no dia a dia, começo com as orações do Rumo Céu, o livro que ele escreveu. Tenho certeza de que muitos pensamentos e conselhos para uma vida em Aliança de Amor com a nossa Mãe e Rainha estão ali. O Pai e Fundador tinha verdadeira compreensão dos mistérios de amor da Mãe e Rainha e de Deus Pai na vida dele. Ele nos deixou o exemplo da confiança filial. E, nesse sentido, me despertou que também eu tenho que gerar essa confiança em minha família, além das virtudes de obediência, docilidade e submissão.   

Quando selei a Aliança de Amor, em novembro de 2007, o Pe. Ottomar Schneider nos disse que o Pai e Fundador leva os seus participantes a uma vinculação profunda e a uma atitude filial em relação à Mãe de Deus, como um “Pai que educa”, como um “educador paternal”. Nunca me esqueci disso!

A cada dia que repasso as leituras dos livros do Pai e Fundador, vou descobrindo ensinamentos e atitudes que aplico durante o dia. Sabemos que sua vida foi uma contínua alegria, porque estava intimamente unido à Mãe de Deus. Era capaz de admirar-se, ter respeito e carinho frente às coisas e especialmente frente às pessoas. Hoje, posso dizer, encontrei o verdadeiro sabor da vida como esposo, como pai, como avô e como filho de Schoenstatt pelo Pai e Fundador. Obrigado Pai, conte comigo!

José Feitosa de Carvalho
Liga Apostólica dos Homens de Schoenstatt
Brasília/DF