Schoenstatt do segundo século da Aliança de Amor
25 Agosto 2015
Três perguntas… sobre o Schoenstatt do segundo século da
Aliança de Amor
Hoje
responde: o Pe. Esteban Casquero. Pertence ao Instituto Secular Sacerdotes de
Schoenstatt. Desempenha o seu trabalho pastoral na zona sul da Província de
Buenos Aires – Argentina (Coronel Dorrego e Monte Hermoso e localidades
circundantes). Pertence a Schoenstatt desde a sua juventude, em que foi membro
da Juventude Masculina. Desde aí, começou o seu caminho de Aliança no coração
do Santuário de las Nuevas Playas, Mar del Plata. “Vivi momentos bonitos na
vida de Schoenstatt e da Igreja, tive os meus momentos de Dachau, mas
experimentei sempre a proteção da Mãe e Rainha… o que me impulsionou a
continuar “empurrando o seu carro de triunfo”. A meio ano de peregrinarmos pelo
segundo século da Aliança de Amor…”
Como
sonha este Schoenstatt no seu ser, no seu estar na igreja e no mundo, e na sua
tarefa?
Sonho
com um Schoenstatt que seja Família, onde os vínculos se vivam realmente entre
os membros-irmãos. Onde co-participando na tarefa de convidar a Aliança de
Amor, atraiamos muitos porque nos veem assim… Família.
Família
Heroica:
Sonho com homens e mulheres heroicos, onde cada um se preocupa com a vida e o
crescimento do outro. Onde não há excluídos mas sim aliados. Família que sai
para procurar Aliados…, arrisca-se como o nosso Pai Fundador que, como Profeta,
se animou a dar passos que, para a sua época, eram demasiado “audazes”,
“impossíveis”, mas justamente ‘a missão de profeta leva consigo a sorte de
profeta, mesmo que a um salto mortal se siga outro’. “Prefiro uma Igreja
acidentada por sair, que uma Igreja doente por se fechar” (Papa Francisco – 18
maio 2013)
Família
Comunhão:
Sonho com uma Família onde cada “ramo” vela pela fecundidade do outro. Onde
cada Instituto, União e Liga, mostra o “leque de realidades vocacionais que
temos dentro do nosso carisma schoenstattiano”, acompanha a pessoa na sua
própria realidade de “chamamento” e guia-a para aqueles que a orientarão para
que se realize. Uma Confederação de forças apostólicas vivas, atravessadas pelo
vínculo do amor fraterno. Uma Família Comunhão onde não há ciúmes apostólicos
mas preocupação por gerar apóstolos zelosos pelo Reino do Pai. “Caminhemos
todos juntos, cuidemo-nos uns aos outros. Cuidem-se entre si, não se magoem.
Cuidem-se! Cuidem da vida, cuidem da família, cuidem da natureza, cuidem das
crianças, cuidem dos idosos. Que não haja ódio, que não haja luta, deixem de
lado a inveja e não tratem mal ninguém” (Papa Francisco – 19 março 2013)
Família
Eclesial:
Sonho com um Schoenstatt inserido nas Paróquias, vivificando a vida das
realidades e instituições paroquiais. Uma Família de Schoenstatt que se oferece
ao Sacerdote do lugar para o que ele necessitar.
“Usa-nos
segundo a tua vontade: através de Schoenstatt se encham de novo as amplas naves
da Santa Igreja e o louvor ressoe junto do teu trono. Podes usar-nos para o
trabalho, enviar-nos cruz, sofrimento e dificuldades; quer no êxito, quer no
fracasso anunciaremos sempre o teu amor.” (Rumo ao Céu, 8)
Para
chegarmos a cumprir este sonho, o que temos que evitar ou deixar?
Sem Zangas,
ciúmes, rancores, diferenças, máscaras para sermos misericordiosos. Aceitando o outro como nos
aceita o Pai.
◦Egocentrismo e preferências:
Não pensar que somos melhores que os outros e imprescindíveis. Que só nós
podemos levar adiante a tarefa encomendada pelo nosso Pai Fundador. Que somos
os prediletos do Pai enquanto os outros só comem migalhas caídas da nossa mesa
e que não se podem sentar nela. Não pensar que somos imprescindíveis. Ao selar
a nossa Aliança com a Mãe e Rainha, tornamo-nos co.responsáveis e co-herdeiros
da missão do nosso Pai: “Pai vamos contigo, o nosso coração no teu coração, o
nosso pensamento no teu pensamento, a nossa mão na tua mão. Pai, tua herança,
nossa missão”.
◦Hermetismo
colunístico: Quando pensamos que ‘os outros não devem conhecer em que assenta a
nossa Comunidade, ou o que o Pai Fundador pensou para nós’. Partilhar faz-nos
compreender o outro e identificar os dons que Deus Pai ofereceu a cada ramo de
Schoenstatt para nos enriquecer e enriquecer a a Igreja.
◦Assessoria
verticalista: O Assessor/a é quem “decide”. Pois em Schoenstatt, o Assessor
deve assessorar e “não impor” (desperta vida no outro e alimenta-a). Aconselha,
serve a vida seguindo aquele principio do nosso Pai Fundador: “Obrigações, o
menos possível; liberdade, o mais possível, mas sobretudo, o máximo cultivo do
espírito”. Respeita e valoriza as opiniões contrárias. Sabe calar e respeitar
sem ser irónico com a ideia do outro.
Para
chegarmos a cumprir este sonho, que passos concretos devemos dar?
◦Fazer sempre da missão
do Santo Padre a nossa e inserir esta “voz do tempo” nas correntes de vida do
nosso Schoenstatt Internacional.
◦Trabalhar
solidariamente, compartilhando as tarefas apostólicas entre os ramos de
Schoenstatt. Velar pelo crescimento do outro. Estreitar vínculos de amor
fraterno. Gerar mais projetos entre comunidades masculinas e femininas dentro
de Schoenstatt. Que os outros vejam que podemos trabalhar juntos, que nos
valorizamos e respeitamos.
◦Audazes no risco… sair
mais. Não apenas nas Missões de jovens ou familiares. Cada schoenstattiano deve
tornar sua a tarefa do Santo Padre… “sair para as periferias de todo o tipo”
(existenciais e concretas).
◦Priorizar a Campanha
da Mãe Peregrina… uma Campanha na qual todos nos devíamos envolver. Levar a Mãe
e Rainha a casa das pessoas e não esperar que as pessoas venham a casa da Mãe
(Santuário). Sem dúvida que as pessoas, uma vez conhecendo-a através de nós,
procurarão chegar onde está a fonte da Graça… o nosso amado Santuário.
◦Que a Família Internacional
continue a fazer seu o “pedido do nosso Pai Fundador” do Centro Internacional
em Belmonte… Até agora, tem feito falta que a nossa Família de Institutos,
Uniões e Ligas tornem seu este ideal. Não é apenas tarefa dos Sacerdotes
Diocesanos… Estar em Roma é tarefa de todos e sustentar as obras que ali se
estão a realizar é tarefa de todos.
Bênçãos,
vosso Pe. Esteban